Hoje, teremos no blog um pouquinho de África do Sul (que já esta na minha #bucketlist), minha super amiga Deborah aceitou o convite de compartilhar conosco um pouquinho sobre aventura dela por lá. Ela passou um mês morando em Cape Town (Cidade do Cabo), onde fez um interâmbio para estudar inglês!!!!
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Vista belissíma da Cidade do Cabo do topo da Table Mountain. |
Costumo definir Cape Town como um Rio de Janeiro melhorado. Cidade de praia, com diversas opções de entretenimento: praia, cidade, turismo de aventura, restaurantes e bares; limpa e bem policiada. O custo de vida é relativamente baixo (consegue-se comer bem com USD 10,00 (+/- R$25,00)), o que faz com que a cidade tenha muitos estudantes, principalmente brasileiros, árabes e angolanos. Lá ocorre o inverso do que vemos em muitas capitais de países subdesenvolvidos: o centro da cidade é mais seguro que os bairros afastados. Acredito que isso seja um reflexo do Apartheid, pois os negros e muçulmanos foram empurrados para a periferia (townchips).
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Table Mountain (Uma das 7 Maravilhas da Natureza pela Unesco) vista do Company's Garden |
Há dois museus, não muito visitados por turistas, que conta um pouco sobre esta remoção dos negros de Cape Town: o District Six Museum e o Bo Kaap Museum. Os dois espaços tem fotos e objetos expostos que contam uma breve história do Apartheid. Distrito 6 é um bairro onde todos os negros foram "arrancados" de suas casas, que foram demolidas, e levados para townchips, para que os brancos pudessem construir novas casas.
Bo Kaap é o reduto árabe e bairro onde moram 80% dos estudantes, visto que é central e próximo a maioria das escolas de inglês. É onde eu morava. O unico inconveninte para os estudantes ocidentais é que, tinhamos que ficar dentro de casa e em silêncio durante os cinco Salás diários (salah são as orações públicas em que os árabes recitam versiculos do Alcorão voltados para Meca). Como sabíamos o horario das oraçoes? Todas as mesquitas tem uma pessoa responsavel por entoar um chamado aos fiéis para que façam suas preçes todos juntos, 5 vezes ao dia. Ah, e o bairro tem uma mesquita em cada quadra. E ao contrário do que parece, é muito bonito e nada irritante.
Para quem mora lá, há duas opções: morar no centro e não depender de transporte público, ou morar em bairros mais afastados ou até cidades vizinhas e depender de carro.
O sistema de transporte lá é precário. Existem as vans, que vão do centro à Sea Point (mas o trajeto é curto) e o preço varia de acordo com a distância. Até a Copa de 2010, eram irregulares. Como não conseguiram organizar o transporte pela cidade, acabaram legalizando este meio.
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Centro da cidade de Cape Town |
Indo em direção as praias, começamos por Sea Point, que parece Copacabana, onde tem área na areia para esportes. A avenida em frente a praia é repleta de hoteis, bares e restaurantes. Seguindo mais ao Sul, encontramos Clifton Beach. É uma área mais residencial e é a mais cara da cidade (o preço de uma vaga de garagem lá é o valor do metro quadrado do centro de Cape Town). A praia seguinte é Camps Bay. Super badalada durante o dia e a noite. Também com hotéis, bares e restaurantes na avenida da praia (com menos clima familiar do que Sea Point). Claro que a comida aqui, assim como em Sea Point, é um pouco mais cara. Ah, para o brasileiros acostumados a tomar banho de mar nas praias do nordeste, O mar de Cape Town nao é o mais indicado: a água é suuuuper gelada.
Viagens à África do Sul, o que é necessário:
- Vacina contra a febre amarela, que deve ser tomada 10 dias antes do embarque (caso contrário não deixam nem embarcar aqui no Brasil);
- Visto, para quem for residir por período acima de 90 dias.